segunda-feira, 21 de maio de 2012

Carta Aberta ao Dom Mário Soares

Caro D. Mário Soares Eu António Manuel Conde Falcão, coronel de cavalaria, com 3 comissões militares na África Portuguesa plebeu de velha data, filho de Manuel Nascimento Falcão, marçano desde os 13 anos de idade, mas homem que não necessitou dos golpes baixos da política para ser um homem grande, pelo menos para mim, natural de Sardoal, venho humildemente dirigir-me a V Exª para lhe dizer o seguinte:

 Fui também daqueles que valorizou a sua figura, e que pese embora o regulamento não me o permitir, desfilei em 1975, na Av. Almirante Reis, nas suas hostes contra o partido comunista. Fui ainda daqueles, que acreditando na liberdade que o Sr. e outros quejandos apregoaram renunciei aos meus próprios direitos, vendo-me hoje já com algumas dificuldades de sobrevivência.

Que o Senhor foi sempre um beneficiado, quer do regímen anterior, quer do actual ninguém tem dúvidas. Estive em S. Tomé e Príncipe, imediatamente após a sua saída, no tempo do meu grande amigo e seu conhecido General Jesus da Silva, e sei como viveu como um lorde, tal como viveu em Paris, onde outro socialista de monta vive actualmente à grande e à francesa. Refiro-me ao senhor José Sócrates.

 Tudo eu "daria de barato", não fora o senhor, com idade para ser meu pai, ter aparecido nas páginas do "Diário de Notícias" ao lado dos seus fervorosos amigos, Vasco Lourenço e Otelo Saraiva de Carvalho. Será que o Senhor ainda esta no seu juizo perfeito . Acha que alguém acredita naqueles que continuam a pensar que são os salvadores deste país afundado por vós próprios. Descansai e deixar descansar aqueles que querem reconstruir este país destruido por interesses mesquinhos e perversos.

 O seu pai foi um bom português, e do Dr. Raul Wellhouse, que nele acreditou, tive as melhores referências, mas do Senhor não esperava tamanha baixeza. Viva o resto da sua vida com dignidade, e não queira ser aquilo em quem já ninguém acredita. O Senhor não foi nenhum salvador, nem tão pouco tem o poder de dizer a metade dos portugueses, que somos de segunda. Oxalá esta mensagem chegue a si. Estou ao seu dispor para o que entender, incluindo consigo me encontrar. Agradeço aos meus amigos que me conduzam a este senhor. A bem do país .

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