quinta-feira, 11 de março de 2010

Quem pensamos enganar !!!

“Portugal é uma preocupação para nós“, declarou a FITCH, após terem
sido divulgadas as linhas gerais do PEC.

Os responsáveis daquela agência , com efeito, mostraram-se preocupados
com a abordagem do governo português para reduzir o déficite e o fraco
crescimento económico do país. No fundo, expressaram aquilo que, de um
modo geral, internamente, todos perceberam (também o governo,
seguramente!): o PEC será mais um plano de estabilidade (duvidosa) do
que de crescimento. Desde logo, pressupõe, para que se atinja a
almejada “consolidação orçamental”, um acréscimo de receitas públicas
resultante de um tão ambicioso, quanto irrealista, crescimento de 36%
do PIB, até 2013. Obviamente, basta olhar para o histórico das
perfomances da economia nacional – nomeadamente, para o crescimento
zero que se verificou na última década - para que se sinta preocupação
perante este PEC. Preocupação será, de um modo simpático, o mínimo que
se poderá dizer!

Curioso é que essa preocupação não seja partilhada por Vitor
Constâncio: para o ainda governador do Banco de Portugal e ao
contrário da FITCH, o PEC consagra “medidas adequadas ao objectivo“.

Seria interessante, como mero exercício académico, pensar-se que
“rating” merecerá o Banco de Portugal….

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